O Ponto de Cultura Brasil EnCena, da Cia. Arteatrando, apresentará ensaios abertos do primeiro ato do espetáculo “O Mambembe”, de Arthur Azevedo e José Piza, para dois bairros da cidade nesta semana. O primeiro acontece no Jardim São Dimas, neste sábado, dia 03, às 15h, na E.E. Dionysia Gerbi Beira, localizada na Av. Ulderico Batoni, nº 84. Depois é a vez de Arcadas receber a trupe no dia 06, terça-feira, às 19h30, na E.E. Francisco da Silveira Santos, na Rua José Jacobsen, nº 390. A entrada é gratuita.
“Esse projeto resgata as origens do teatro e dos artistas que desde a Idade Média levaram o teatro para os cantos mais longínquos dos grandes centros, além de possibilitar que os bairros mais afastados da cidade tenham possibilidade de ter essa experiência viva. O projeto é um movimento democrático que pretende formar o público de teatro nos bairros, acreditando que daqui alguns anos, com a construção do teatro municipal, estaremos contribuindo para a cultura de nossa cidade”, diz o diretor artístico do Brasil EnCena, Alexandre Cruz.
A adaptação da obra é assinada pela primeira turma de atores-desejantes do Ponto de Cultura, que tem como provocadores Handré Campos, Arminda Riolo, Alexandre Cruz, Patty Aranha e coordenação de Mateus Ângelo.
Escrita em 1904, a peça “O Mambembe” narra as aventuras de uma trupe de teatro da capital federal – na época o Rio de Janeiro - e a sua turnê pelo interior do país. A peça foi uma importante iniciativa de Arthur Azevedo e sua campanha para que o Rio de Janeiro tivesse a construção de seu Teatro Municipal, o que ocorreria somente quatro anos depois.
“No primeiro dia de aula do Brasil EnCena, os alunos, quase em coro grego, perguntaram o que é Mambembe? Pensei numa explicação popular e cheguei à música do Chico Buarque de Holanda, que dizia: ‘No palco, na praça, no circo, num banco de jardim/ Correndo no escuro, pichado no muro/ Você vai saber de mim/ Mambembe, cigano/ Debaixo da ponte/ Cantando/ Por baixo da terra/ Cantando / Na boca do povo/ Cantando ...’ Depois de dizer as sábias palavras do poeta, disse que melhor do que imaginar os artistas mambembes, o grupo iria viver essa experiência mágica e única no processo criativo do espetáculo, tendo a oportunidade de se apresentarem em bairros da nossa cidade, levando arte e, ao mesmo tempo, participando de um movimento para instigar o sentimento de pertencimento e reconhecimento dos bairros de Amparo”, lembra Cruz.
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