Ex-ministro Gilberto Gil fala sobre os Pontos de Cultura

foto: Marlene Bergamo 

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-ministro da Cultura (2003-2008), Gilberto Gil, falou da situação dos Pontos de Cultura. Para ele, a atual administração, da ministra Ana de Hollanda, teve um desânimo administrativo. Confira esse trecho da entrevista:


Juca Ferreira, seu sucessor, disse que houve descontinuidade na gestão da Cultura, com Ana de Hollanda.Depende da área. O licenciamento por "creative commons" que implementamos foi revisto. Ao mesmo tempo que deixaram de usar as licenças "creative", não criaram uma licença pública própria, como Austrália e Inglaterra fizeram. OK, você não ter o "creative" por se tratar de uma "marca" americana; mas então que se crie alguma licença pública para atender a esse tipo de interesse.
Os pontos de cultura, que eram uma de suas principais bandeiras, desidrataram.É o que ouço em geral por aí. De alguma maneira houve um certo desânimo gerencial, administrativo, institucional, por parte do ministério. Mas tomo o cuidado de não monitorar a gestão atual: ela precisa ter autonomia para ser diferente também. 
Que balanço você faz de sua gestão?No Brasil predominava uma visão muito eurocentrista e "civilizada" sobre a produção cultural. As manifestações propriamente populares eram vistas como uma coisa chula da periferia, e o combate que o funk carioca sofre é um exemplo disso. Em minha gestão procuramos dar atenção ao protagonismo popular e à autogestão. Esse viés era uma coisa do governo Lula e que os críticos gostam de dizer que era populista. Já eu prefiro responder que esse governo era popular.

Para ler na íntegra a entrevista, clique aqui.

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